Blog sobre ilustrações e pinturas de Flávio Grão, com reflexões e notas sobre os meios de produção e motivações dos trabalhos.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
OLD TIMES II
Água suja de nanquim sobre canson.
LEITURA OPCIONAL A PARTIR DAQUI - SPOILERS SOBRE O DESENHO
Fiquei pensando um pouco sobre como nos constituímos como artistas, quais são os movimentos, passagens, vivências que marcam nosso trabalho e (que por vezes) podem ser identificados.
A vivência que tive (ou tenho) com o movimento, ou música punk e hardcore tem sem dúvida um peso sobre os trabalhos que faço, seja em temas (mais raro) ou em atitude (mais comum).
De qualquer forma ao fazer este desenho pensei nisso, tentando imaginar como seria um icone que representasse graficamente tal vivência. Utilizei esta técnica ingrata da água suja do nanquim que dá um aspecto de desenho antigo. Dois artistas me vieram na cabeça, Will Eisner e Hopper. O primeiro por utilizar esta técnica e o outro porque trata das lembranças quase apagadas em sua obra.
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
SOBRE NUVENS E A MORTE
LEITURA OPCIONAL A PARTIR DAQUI
Os últimos dois desenhos fiz recentemente pensando sobre o que me traduzia a morte de um amigo dos tempos de adolescente.
É interessante pensar nas metáforas que temos a respeito da morte e do céu, o inatingível e as nuvens.
Fiz uma coletânea destas imagens para este post.
De qualquer forma, o primeiro desenho chama-se karma e acho que explica muito do que acredito a esse respeito.
RIP
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AQUARELA
LEITURA OPCIONAL A PARTIR DAQUI
Parece que enfim começo a me entender com a aquarela depois de décadas.
Sempre foi uma técnica cascuda para mim, a tinta (pigmento extremamente diluído na água) é tinhosa, melindrosa, segue e desliza e imprime-se da forma que lhe convir - praticamente um jeito fêmea de se portar...hehe
Através de uma conversa com um colega desenhista estes dias, percebi que seria importante tentar trabalhar isso, essa paciência, essa leveza que a aquarela possui, justamente talvez em busca de um novo caminho, visto que considero o meu modo de pintar e desenhar um pouco oposto a isso, algo carcado, bruto e teimoso.
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